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Ligia




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Despedidas Virtuais

Apodero-me do mesmo título usado no artigo de Contardo Calligaris na Folha de São Paulo de hoje (11/11) para comentá-lo.

Para quem não leu, um resumo:

O jornalista discorre sobre a pertinência/vantagens e desvantagens de dar um fora, ou seja, terminar um relacionamento amoroso, via Internet ou celular.

Houve uma ação patrocinada pela Nokia no MIS, aliás muito bacana, onde promoveram-se encontros com o público para se discutir como as pessoas usam a tecnologia que lhes está atualmente disponível.A partir deste fato é que o jornalista tira suas conclusões e emite sua opinião numa coluna na FSP.

Uma das pesquisas desta programação perguntava: "Você já terminou ou terminaram com você um relacionamento por SMS ou internet?"  15% dos participantes responderam que sim, o que pelo texto exposto dá a impressão de que ele considera este um valor alto a ponto de ratificar esta forma de fora.

Há algumas semanas, no entanto, outra matéria no mesmo jornal (se não me engano) publicava que para a grande maioria das pessoas levar um fora via Internet significava realmente o fim da picada! Tuitei inclusive a dica de aguardar um certo tempo antes de alterar o status nas redes sociais após o término, pois essa atitude magoava mais do que o término em si, segundo os usuários das grandes redes como o Facebook. Adiar a mudança de "namorando" para "solteiro", por exemplo, era uma forma de respeitar aquele que sobrou.

Pesquisas à parte, ainda sou muito fã das pessoas que assumem suas atitudes e responsabilidades na vida. Mesmo que o relacionamento tenha se iniciado via internet isso não justifica que possa ser terminado da mesma maneira! Houve um intervalo de tempo em que estes indivíduos se encontraram no mundo real e nele mantiveram um relacionamento,criaram laços,fizeram uma história.

Acomodar-se, ou melhor, acovardar-se no virtual na hora de expor seus novos sentimentos e fugir de encarar um dos piores momentos da vida (reconheço) protegendo-se atrás de novos recursos tecnológicos, não me parece uma atitude de gente que preza o respeito a si e ao próximo.

Estamos cada vez mais nos distanciando do outro,perdendo a capacidade de nos relacionarmos bem pessoalmente, de resolvermos questões que envolvam o simples ato de Con-ver-sar. O mundo tecnológico nos impõe velocidade e superficialidade. Vivemos num oceano de informação com a profundidade de um pires, como bem disse um dos meus mestres na ESPM. É preciso impor a si próprio limites para esta armadilha.

Agradecer aos que terminam um relacionamento via Internet ou SMS, conforme sugere o jornalista Calligaris em nome de encurtar um processo no qual pode-se perder anos de vida?
"Valeu, Beijão e sorte"!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O que vestir nas escolas e na vida

Lendo o artigo da Rosely Sayão hoje, não posso deixar de me manifestar.


Há mais de uma década aponto para o problema dos trajes a serem usados nas escolas e sobre a falta de vivência nesse aspecto que faz com que as pessoas ingressem no mercado de trabalho sem a menor noção de como devem se vestir.


Vemos escolas de primeira linha passarem ao largo desta questão com a desculpa de darem mais liberdade aos seus alunos ou com o discurso equivocado de que "não importa o que eles tem nos pés e sim na cabeça" (frase publicada em matéria da FSP há alguns anos comentando o episódio do Colégio Miguel de Cervantes onde os alunos fizeram uma rápida greve na porta por não poderem entrar de havaianas. Foram liberados após esta pressão).
 Na época também me manifestei publicamente questionando onde e quando as escolas perderam sua autoridade frente a um bando de pirralhos, submetendo-se aos seus quereres sem fundamento.


Ministro cursos de Etiqueta Corporativa (e também etiqueta para Crianças e Adolescentes) e um dos pontos de maior problema a ser trabalhado nas empresas é justamente o "Como se vestir´para o trabalho". Tudo graças à falta de vivencia destas pessoas que chegam ao mercado sem que nunca delas tivesse sido exigida uma correta postura em relação à imagem que querem transmitir aos outros e o valor disso.

Insisto que as escolas deveriam ser mais exigentes nesse tipo de questão como forma de preparar melhor seus alunos para o que vão enfrentar  num futuro próximo. Poucas, no entanto tem esta percepção e propiciam um curso aos alunos ou são mais rigorosas na forma de como eles devem assistir às aulas. Tops, shorts, havaianas, regatas decotadas, roupas de grife , etc. é o que mais vemos nas portas.


Um dos aspectos que mais pesam nessa relutância das escolas em estabelecerem regras para uma boa imagem dos alunos visando dar-lhes experiência para o mercado em que atuarão futuramente não é a discordância com esta necessidade e sim a falta de autoridade frente aos próprios alunos e pais com o temor de perderem alunos e portanto recursos financeiros.

As escolas  de hoje se submetem às vontades insanas de muitos pais e alunos permitindo que lá façam o que quiserem, que desrespeitem professores, que o bullying atinja níveis nunca vistos.

É preciso que as escolas percam o medo de perder alunos e voltem a ter autoridade sobre seus alunos e saibam utilizá-la em benefício deles próprios e de um futuro melhor.

Ligia Marques