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Ligia




terça-feira, 5 de outubro de 2010

Matéria na Revista do Jornal A Tribuna

Matéria publica na ATRevista em 3/10/2010



Já aconteceu com todo mundo que vive no mundo virtual: aquele sentimento de vergonha alheia, seja por uma foto indiscreta, um vídeo muito particular ou até mesmo um comentário nada a ver.

Pois bem, a internet, embora seja um terreno livre, tem lá suas regras, ainda que veladas, para o
bom comportamento. A net etiqueta deve ser usada para evitar constrangimentos ou até mesmo
saias justas. Basta lembrar o episódio do jornalista Felipe Milanez, mandado embora por criticar via Twitter uma matéria de uma revista da mesma editora onde atuava.

Ou seja, ter cuidado com o que é postado e se fala é essencial, como indicam os especialistas.

A consultora em etiqueta e marketing pessoal Ligia Marques, de São Paulo, acredita que, se na vida existem algumas normas de etiqueta que devem ser respeitadas, com a vida virtual não é diferente.

"As pessoas não sabem exatamente como utilizar as redes sociais. O fato é que praticamente não separamos mais a vida pessoal da profissional, e o que se posta numa destas páginas estará acessível a todos em todos os níveis".

Jornalista e professor do Centro Universitário Monte Serrat e especialista em mídias sociais, Wellido Teles ressalta que o povo brasileiro é o mais sociável da rede. "Não é por nada que 86% estão nas redes sociais, segundo estatísticas do Ibope Nielsen, de abril deste ano. E isso vem da própria característica das pessoas de nossa nação, isto é, de serem muito receptivas, simpáticas, dispostas a ouvir e a interagir.

O que acontece na internet é uma extensão do comportamento natural do brasileiro fora dela".

E justamente graças às plataformas digitais de relacionamento, ficou mais fácil ter contato com pessoas, desde colegas e parentes até parceiros de trabalho e amigos distantes.

"Mas nem todos têm um comportamento natural na internet. Muitos exageram no nível de

exposição na busca incessante pela popularidade, em terem necessidade de mostrar que são
legais, divertidas, bem-sucedidas, descoladas, enfim, interessantes".

Ele diz que é justamente por este desespero em revelar suas características e parecerem legais
que as pessoas acabam por cometer deslizes. "Desde o envio avassalador de imagens, vídeos e
links engraçadinhos ou bonitinhos, até frases, correntes e textos super detalhados e enviados a todo instante, de forma sufocante".

Wellido é da opinião de quanto menos, melhor. "Sobretudo no Orkut e Facebook. Não forneça
informações detalhadas que explicam por que você é um ser humano incrível e sensacional.

Priorize dados básicos, como nome, data de nascimento (se quiser citar) e cidade. Se tiver que mandar um recado em particular para um amigo, não o coloque na sessão de recados que é aberta a todos. Envie uma mensagem só para ele".

FORTE IMPACTO

Lígia comenta que nos dias de hoje não é mais possível ignorar os impactos dessas redes em nossas vidas, seja por meio das notícias que chegam ou até da interatividade que elas permitem. E que, por esse fato, é preciso conhecer bem as ferramentas disponíveis para utilizá-las de maneira proativa.

Não saber usá-las é como se negássemos o uso e importância de um celular há 15 anos, quando foram lançados os primeiros modelos para uso do público. É questão de tempo, e pouco, para que todos estejam, de alguma forma, ligados à essa nova forma de relacionamento".

Por isso, ela sugere atenção ao que se escreve. "Temos que pensar que o que postamos no

Twitter, no Facebook, estará disponível ao mundo. Você não está na terapia, entre quatro

paredes, por exemplo. “Então, não dá para escrever tudo o que nos vem à mente, sem restrição”.

Wellido lembra que, quem entra em uma rede social se torna uma pessoa pública e, desta forma, passa a ser uma espécie de vidraça, podendo ser avaliada por quem visita seu perfil.

"E vale lembrar que é cada vez mais comum as empresas ficarem de olho no que seus funcionários postam. Além disso, há as organizações que contratam profissionais levando em conta a análise do perfil destas pessoas nas redes sociais. Infelizmente

nem todos se preocupam por zelar sua reputação, credibilidade e imagem".
A consultora de São Paulo diz que esse cuidado deve prevalecer, inclusive, com fotos e vídeos.
"Temos que ser menos impulsivos” diz ela.