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Ligia




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Viagens de negócios: Para que não seja a sua última vez

Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo 

                   
Em algumas áreas mais, em outras menos, volta e meia uma viagem a trabalho surge na agenda. Independentemente do objetivo –fechar negócios, atualizar os conhecimentos em um congresso ou visitar uma unidade da empresa– e do destino –um hotel fazenda no interior ou um resort de luxo na África do Sul– há regras de etiqueta implícitas que regem essas ocasiões. A primeira delas é não transformar o compromisso em turismo, mas nem todo mundo se dispõe a segui-la à risca, o que pode comprometer a mais promissora das carreiras. Veja quais são as principais gafes cometidas nas viagens a trabalho e saiba por que é bom evitá-las:

Abusar do frigobar

Muita gente pensa: já que a empresa está pagando, por que não? A companhia pode até pagar a conta, mas o excesso certamente prejudicará a imagem do funcionário –e a chance de realizar viagens futuras. Segundo a consultora de etiqueta e marketing pessoal Ligia Marques, o ideal é consumir somente o necessário. "Deixe comidinhas e bebidas alcoólicas para quando for pagar por elas", diz. Para Branca Barão, especialista em comportamento humano e programação neurolinguística, atitudes como essa só servem para revelar a diferença entre a forma como a pessoa se relaciona com o próprio dinheiro e como lida com o dinheiro do outro. O comportamento mesquinho em relação ao que é nosso e a ação de esbanjar o dos outros mostram duas características reprováveis, segundo Branca: "Falta de compreensão do que o dinheiro significa e falta de respeito e ética com o outro, o que é ainda mais preocupante".

Exagerar no uso do telefone do hotel

Se o teor das conversas no telefone for profissional, não há problema algum. Para uso pessoal, só se for algo rápido ou emergencial, já que quase todo mundo tem celular, hoje em dia. Para Lícia Egger Moellwald, da Intra Consultoria Empresarial, de São Paulo, quem comete esse tipo de gafe pode ter segundas intenções. "Ás vezes, as pessoas querem descontar o fato de trabalharem demais e passarem muito tempo longe de casa através de atitudes que oneram os empregadores. Daí abusar do telefone sem pesar se isso pode ou não custar muito caro passa a funcionar como moeda de troca e vingança", declara a especialista.

Bancar o turista

"Turismo? Só depois que o trabalho acabar", afirma Ligia. Mesmo que o destino seja imperdível –Paris ou Dubai, por exemplo–, tentar encaixar passeios e programas de interesse pessoal na programação profissional pode culminar em atrasos indesejáveis e comprometer os negócios. "Sem contar que esse comportamento é uma demonstração de desrespeito ao trabalho", declara Lícia. Deixe para conhecer a cidade somente após as tarefas do dia ou nas horas livres.

Comportar-se como se estivesse de férias
Usar roupas despojadas em um simpósio, querer falar de assuntos leves e contar piadas no almoço de negócios, cair na balada todas as noites após a programação do congresso. Colocar em primeiro plano o lazer e a diversão acaba com qualquer expectativa de uma carreira de sucesso. Mesmo que os eventos aconteçam em um resort na Bahia, não vá às palestras ou reuniões de bermuda. A mudança de cenário não tira o caráter de seriedade e profissionalismo da viagem. Mesmo que um ou mais colegas de equipe não tenham assimilado isso e apostem nos modos informais o tempo todo, nada de imitá-los. "Pessoas que agem de determinada maneira no ambiente tradicional de trabalho e se transformam quando a empresa proporciona eventos em outros ambientes mostram que não são confiáveis, não têm bom senso e que provavelmente fazem o mesmo quando o chefe se ausenta", diz Branca.

Extrapolar ao fazer contatos

Conhecer gente nova sempre é bom e, em circunstâncias profissionais, pode definir o futuro da sua carreira. O problema é quando a pessoa se aproveita da viagem para tentar um novo emprego e exagera na troca de cartões e distribui currículos como se fossem panfletos. Além disso, também não é hora de paquerar. É óbvio que nem sempre há controle sobre isso –se surge alguém interessante no caminho, por que não aproveitar a oportunidade? A questão é que a ocasião tem outros objetivos, e essas circunstâncias funcionam como uma espécie de teste. Tudo é observado e pode definir o que os superiores pensam de um funcionário. "Observe a reação alheia. As pessoas costumam apontar nossos comportamentos inadequados, seja com o olhar ou com a expressão facial, mesmo que não falem nada", explica Branca. Uma troca de cartões ou e-mails é mais do que suficiente para levar um contato, amizade ou paquera adiante, em um momento mais propício.

Ignorar a cultura e as normas de etiqueta locais

Um dos principais equívocos, principalmente em viagens internacionais, é ignorar culturas e normais locais. "Conhecer de antemão como as coisas funcionam no lugar e se informar sobre algumas particularidades ajuda muito”, diz Ligia. No Brasil, é comum que as pessoas acreditem que somos queridos pelo jeito afável e flexível com que conduzimos os relacionamentos interpessoais. Por isso mesmo, a maioria de nós tende a acreditar que os hábitos culturais diferentes dos nossos não devem ser motivo de preocupação. “Ledo engano. Dependendo da cultura do país e das pessoas com as quais estamos lidando, é prudente saber as regras de etiqueta para evitar deslizes que podem até comprometer um bom negócio”, declara Lícia.

Ficar deslumbrado

Por maior que seja a surpresa ao chegar ao destino de sua viagem, é bom agir com naturalidade. Isso evita gafes e situações constrangedoras. Segundo Branca, há diferença entre aproveitar e "enfiar o pé na jaca". Para pessoas bem resolvidas, estar em um bom hotel, com frigobar e telefone à disposição, é algo normal. “Então, não aja como se fosse a última vez na vida que pode desfrutar dessas coisas. Isso faz com que seja mesmo, afinal, nossa forma de pensar é o que constrói nosso comportamento e nosso comportamento define nosso futuro".

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Revista EXAME - Junho 2012 São Paulo – Para muita gente, aquela ideia de que a primeira impressão é a que fica não passa de um clichê. É verdade que o tempo de contato com alguém ajuda a formar uma imagem da pessoas, mas, para as pequenas empresas, um primeiro momento ruim pode prejudicar a imagem da marca. O primeiro contato com um cliente é o momento em que ele analisa a imagem do empreendedor para compor também a percepção que ele terá da empresa. Por isso, as reuniões e almoços de negócios devem ser levados muito a sério. Com a ajuda de Marcele Goes, consultora de imagem pessoal da Estilo Sob Medida, e Ligia Marques, consultora de etiqueta, selecionamos oito regras de etiqueta para causar uma ótima impressão na hora de liderar uma reunião de negócios. 1. Seja pontual Pontualidade é fundamental para uma boa imagem. Por isso, em caso de atrasos, é preciso telefonar e avisar que não será possível chegar no horário. “O outro pode decidir se vai aguardar ou agendar outra oportunidade, isso vai do interesse de cada um e do tempo disponível para esperar”, diz Ligia. Quando é o cliente que está atrasado, Marcele diz que o ideal é esperar as pessoas que têm poder de decisão. “Mas quem está atrasado deve telefonar”, explica. 2. Apresente-se Toda reunião ou encontro de negócios deve começar com uma apresentação formal de quem está presente. “O anfitrião apresenta cada convidado aos outros. Sempre pronuncie sobrenome e diga quem é a pessoa”, explica Ligia. Um aperto de mãos e a troca de cartões fecham esta primeira etapa. “Ele deve se apresentar e direcionar onde a pessoa vai sentar. Se vai ter uma apresentação, mostre onde o convidado vai ver melhor. Pode parecer muito simples, mas é algo que demonstra profissionalismo”, defende Marcele. 3. Preocupe-se com o cartão O troca-troca de cartões de visitas está tão presente no cotidiano do empreendedor que muitas vezes ele não dá importância para este ato. “É uma gafe derrubar, guardar ou demonstrar que não se importou com o cartão”, diz Marcele. A regra é que quem está sendo anfitrião deve iniciar a entrega de cartões, mesmo que a outra pessoa não tenha. “Em caso de reuniões, a troca dos cartões já deve ser feita logo no início, de modo que a identificação dos participantes fique fácil e imediata”, explica Ligia.

domingo, 3 de junho de 2012

JANTAR DE NOIVADO Tem noivas que são pedidas em casamento de surpresa em um jantar só para o casal. Entretanto, alguns “pombinhos” preferem fazer a troca de alianças à moda antiga – com jantar de casamento, perante os pais e tudo mais (como foi o meu caso). Conversei com a Ligia Marques, que presta consultoria em etiqueta e marketing pessoal, para esclarecer algumas dúvidas sobre como planejar uma festa de noivado. Vejam as respostas dela: No caso em que os noivos desejam comemorar o noivado com um jantar, como deve ser esta comemoração? Ligia Marques: Se optarem por um jantar, este deverá ser o melhor possível e com os pais dos noivos presentes. O restante da família pode ser convidado de acordo com o que se pretende gastar. Pode ser em casa ou em outro local também. Hoje em dia, nem todas as casas comportam um jantar confortavelmente…se houver um salão de festas, pode ser uma boa opção. Há alguma regra que diz que os pais da noiva devem oferecer um jantar ou os pais do noivo também podem oferecer? Ligia Marques: É a tradição, mas hoje em dia muitos casais não a seguem. Às vezes os próprios noivos oferecem a festa, se já forem independentes financeiramente. Pode-se dividir entre os pais também. Tudo é uma questão de se combinar e do montante que se pretende gastar. Como selecionar os convidados? Ligia Marques: Para noivado o numero de convidados não precisa ser grande. É uma cerimônia mais íntima. Pais, irmãos, melhores amigos, avós e padrinhos de batismo são essenciais. O restante irá de acordo com o que se pretende gastar. Como fazer o convite? É recomendado fazer por telefone ou só pessoalmente? É preciso mandar algo por escrito? Ligia Marques: Se for algo mais formal, pode ser enviado por escrito. Caso contrário, pode-se telefonar uns 10 dias antes. É preciso dar um presente aos noivos em uma festa de noivado? Ligia Marques: Sim. Uma lembrancinha bacana já visando o futuro do casal, a casa deles… Como deve ser a vestimenta para esta ocasião? Ligia Marques: Depende do que for estabelecido, do estilo, mas normalmente um traje social será o mais adequado. (Do Blog "Vestida de Branco")

Anjos e Guerreiros: As TVs onipresentes matam a conversa?

Anjos e Guerreiros: As TVs onipresentes matam a conversa?: Amadas por muitos e odiadas por outros, as tevês dividem as atenções. Veja como lidar com elas sem entrar em pé de guerra com seu interlo...
Vigiar e Punir. Vigiar e punir é um clássico livro do filósofo frances Michel Foucault, publicado em 1975, uma obra que alterou significativamente o modo de pensar a política social no mundo ocidental. Apesar de ter surgido há mais de 20 anos,mostra-se ainda atual em seus conceitos quando pensamos num paralelo com nossa presença no mundo digital. Foucault,nessa obra,trabalha em cima dos mecanismos sociais e teóricos que se produziram nos sistemas penais ocidentais durante a era moderna. Segundo ele a disciplina se constrói no indivíduo, sem que para isso se imponha uma força excessiva, apenas pelo fato do transgressor saber estar sendo observado,sem poder,no entanto, se certificar em quais momentos realmente se dá essa vigilância. Ele exemplifica esta situação de vigilancia constante para se conseguir disciplina através do uso do design de um modelo prisional feito por Jeremy Bentham,conhecida como Panóptico. O Panóptico era uma construção onde os detentos ficavam em celas dispostas ao redor de uma torre e eram assim vigiados de forma que não podiam ver seu vigia. Uma observação constante caracterizada pela “vista desigual”.O recluso não poderia nunca saber quando (e se) realmente era observado. Esta estratégia faria com que os detentos interiorizassem a necessidade de não transgredirem as normas estabelecidas por temerem uma punição . Assim ele mostra que se é menos induzido a transgredir regras se se acredita estar sendo observado, mesmo quando a vigilância não é (momentaneamente) praticada. Quer um exemplo atual? Pense nas inúmeras cameras de monitoramento espalhadas pelas cidades com a intenção de coibir crimes.Funcionam. Lembrei desta teoria ao ler sobre a pesquisa que mostra ser comum pais espionarem os perfis de seus filhos no Facebook,com a intenção de protegê-los. Seria esta a melhor forma de garantir-lhes uma segurança no mundo virtual? O ambiente digital no qual marcamos presença hoje apresenta alguns pontos em comum com o modelo do panóptico: estamos nos tornando visíveis a muitos sem que possamos saber quem e quando nos olham. A insegurança percebida pelos detentos de Foucault é também percebida pelos pais que,numa ânsia de diminuí-la, sentem-se livres para espionarem os perfis de seus filhos,tal como faria qualquer desconhecido, sem maiores questionamentos a respeito da ética que permeia este comportamento. Confirmei esta situação através de uma enquete nas minhas redes sociais e realmente a maioria dos pais sente-se no direito de zelar pela segurança de seus pimpolhos agindo desta forma. Em questão de educação de filhos,o que podemos fazer é comparar experiências e resultados. Não creio que ninguém seja dono da verdade,mesmo porque as infuências culturais,tradições,experiências individuais positivas e negativas, são bastante importantes e diferentes dentro de cada familia. No caso em questão,porém,creio que vale um paralelo ainda com Foucault: Como no caso do panóptico, a disciplina virá naturalmente se nossos filhos souberem que existe a possibilidade real de a qualquer momento darmos uma espiada em seus perfis. Eles saberão,no entanto e de antemão, que podem contar com nossa ajuda,mas que não vamos fazer nada escondido deles, sorrateiramente,pois nossa preocupação é legítima e não há por que escondê-la. Devemos explicar-lhes os riscos de uma presença on line em detalhes,e creio que tenhamos mais resultados se criarmos um ambiente de confiança mútua e não de espionagem em relação às suas páginas nas redes sociais. No mundo de hoje temos que estar atentos,sim,aos perigos que podem atingí-los via redes sociais, mas antes de tudo temos que deixar claro a eles, para que levem por toda a vida, que mesmo sendo menores (nem vou comentar sobre a “ilegalidade” de menores estarem no Facebook,pois seria muita ingenuidade e perda de tempo) tem direito a serem tratados com transparência e honestidade,pois estes são os princíos que permeiam a vida de seus pais sob quaisquer circunstâncias e aqueles que nós gostaríamos de ver arraigados em suas almas.