Matéria Folha de São Paulo
19/10/09
Bem oportuno questionarmos as escolas sobre
o tipo de roupa que seus alunos usam para
assisirem às aulas.
Não é questão de ser tradicionalista e achar que o uso
de um uniforme bem definido era uma ótima prática.
É questão de fazer com que as crianças tenham alguma vivência em termos de trajes adequados a cada tipo de ambiente.
O que mais acontece hoje nas grandes empresas é a queixa de que seus funcionários não sabem como se vestir para trabalhar, usam roupas totalmente informais
e inadequadas à imagem de um profissional que deve passar credibilidade própria e da empresa para a qual presta serviços.
Mulheres trabalham de decotes, mini-saias, transparências, sandálias rasteiras, homens de regata, tênis, camisetas velhas, de times de futebol, jeans e por aí afora.
De quem é a culpa?
Se as escolas exigissem um mínimo de rigor, proibindo mini blusas, chinelos, cuecas de fora, etc. esses alunos achariam muito menos problemas quando chegassem ao mercado de trabalho.
Afinal, uma crianças ou adolescente que passa mais da metade de seu tempo na escola vai aprender e praticar este tipo de conhecimento quando e onde , se não for através da própria escola?
Ligia Marques
Postagens
From: Denise Avancini
ResponderExcluirDate: 20/10/2009 09:55:09
To: Ligia Marques
Subject: Re: nova newsletter Ligia Marques
Concordo em parte com o exposto no anexo, pois acredito que, antes de tudo, cabe aos pais educarem seus filhos, inclusive quanto ao vestuário que usam.
Eu sempre oriento meus filhos quanto ao tipo de roupa adequado a cada lugar. Eles sabem minha opinião embora eu não os obrigue a usar o que quero, pois acho que eles devem desenvolver a capacidade crítica e de observação.
Ensinar a pensar criticamente é, a meu ver, mais importante para a vida do que impor uma regra de cima para baixo (pela escola, por exemplo) que pode não fazer sentido para muita gente.
Denise Avancini
Psicóloga clínica.
Cara Denise,
ResponderExcluirMuito obrigada pelo comentário.
Se me permitir, gostaria de colocá-lo no nosso blog onde também postei um resumo da referida news.
Realmente concordo em parte com sua opinião: é muito salutar que as crianças tenham senso critico e desenvolvam a capacidade de decidirem as coisas por si próprias (meus 4 filhos, inclusive estudam numa escola onde isto é vivenciado de maneira bem rigorosa com resultados fantásticos), mas infelizmente o que observamos na prática é que, se os pais não derem um pouco de orientação a respeito ( e muitos não dão simplesmente porque também não tiveram esta orientação), elas acabam ficando ao léu e no final o resultado é este: adultos que realmente não sabem como se vestir para trabalhar, para frequentar um casamento ( já deve ter visto muitos de jeans,por exemplo), para ir a um enterro ou velório, etc.
Empresas que nos chamam diariamente para dar este tipo de orientação aos seus funcionários que não tem a mínima noção de como devem se comportar ou se trajar. (Isso para falarmos somente de trajes).
Sou bastante democrática, liberal, e nada radical, mas às vezes um pouco de exigencia à velha moda só faz bem!
Hoje, em nome desta maior liberdade e democracia, vemos crianças totalmente mal educadas, que não sabem respeitar um professor, uma mãe, um pai. Comem feito bichos, frequentam a casa dos outros como se fosse a sua, fazem da sala de aula uma arena com um pobre de um professor que está tentando dar aula, pessoas usando celular de forma totalmente abusiva, etc, etc, etc.
Por estas experiências que meu trabalho me proporciona é que tenho a certeza de que criança precisa mesmo ser educada com rigor pois não têm maturidade suficiente para decidirem por si próprias o que é bom ou ruim, o que é certo ou errado. Precisam e querem ser orientadas de maneira mais clara e firme.
Podemos, em alguns aspectos ajudá-los nessa tarefa de formação de senso crítico e opinião própria, sem dúvida. Mas deixar a cargo deles todas as decisões que são bases de uma boa formação é arriscado demais e os resultados obtidos com estas gerações mais novas não estão parecendo muito bons ( basta vermos em jornais por aí como andam as coisas andam em termos de comportamento).
O assunto etiqueta nunca esteve tanto na mídia como atualmente. Por que? Porque as pessoas estão percebendo a falta que uma boa educação faz no dia a dia de todos. Deixar que ela se faça por geração espontânea é uma utopia.
Pais tem esta função de decidir pelos filhos também e na falta deles (como é bem comum hoje em dia) a escola pode e deve ajudar nisso sendo mais impositiva em alguns aspectos. (E o mau exemplo dos próprios pais? )
Enquanto isso não voltar a acontecer, continuarei recebendo crianças, adolescentes, executivos e outros inúmeros adultos à procura da educação que não receberam em casa e que não surgiu de outra maneira mais light e moderna como muitos esperam.
Você, assim como eu, sem dúvida, faz parte de uma faixa da população que consegue ter discernimento para orientar os filhos mostrando o que ACHA que devem fazer, mostra-lhes os prós e contras de cada opção que pretendem tomar e aguarda que com o tempo eles percebam quem estava certo. Mas, infelizmente, a maioria de nossa população não nos acompanha neste barco e as crianças estão perdendo um oportunidade de , ao menos, conhecerem o outro lado da moeda para que possam optar mais tarde.
Um grande abraço e considere o espaço do nosso novo blog (www.pratiqueetiqueta.blogspot.com) sempre aberto à sua participação. vai ser um grande prazer contar com a sua ponderação e opinião sobre outros diversos assuntos.
Ligia Marques
oi liginha linda a coisa e simples ...a midia fez o habito de usar uniformes nas escolas ser um tema hoje pra la de batido ...a linguagem professor aluno ultrapassa os limites do logico e muitas escolas a palavra disciplina e cada vez menos pronunciada e executada...
ResponderExcluirE como aparencia e td mesmo em um uniforme escolar exgir que aluno os use pra eles isso e pura caretice pra nao dizer quadrado e antiquado.... e mesmo ums mobilização não surtiria efeito pq eles instintivamente iam desafiiar tanto pais professores e diretores em fazer o contrario .....
Em suma esse tempo e tão antigo que ate hoje ninguem consegue resolve-lo a curto prazo
beijos e sucessos millllllll
Fabio
Sempre fico com um pé atrás ao lidar com psicólogos...falam muita asneira em nome de uma pseudo liberdade pessoal.
ResponderExcluirSerá que esta fulaninha que postou acima, pregando a liberdade de escolha das crianças lê as matérias que vivem na imprensa salientando a importância de sabermos nos colocar visualmente perante o mundo?
Espero que ela volte sempre a este blog e se atualize.
Parabéns pela portura. Sou empresário e fã de seu trabalho há anos.
Edson Mattos Guerra
Ligia lógico que sua idéia/conclusão é válida! Mas para uma parcela dos gestores ou valores de algumas empresas. Só que estas percepções sobre adequando e inadequado na minha análise crítica estão passando por uma nova discussão e uma diferente percepção. É um momento de transformação queira sim ou não (ou se tem que ao menos considerar isto).
ResponderExcluirEste rigor e desaprovação da informalidade (defendido ou dimensionado como importante para empresas por você) cairia por terra se você por exemplo fosse ao Vale do Sílicio na California (avalio como uma experiência incrível e imprescindível para profissionais que se dedicam ao tema como você). Mesmo ao 'office' do Google em New York. E que tal a apresentação do CEO do Facebook na GV-SP de jeans surrado e camiseta básica? Um dos mais bem sucedidos empreendedores do mundo digital californiano e com livre trânsito nos corredores do bancos de investimentos americanso usa camisas coloridas e Crocs como a base de sua vestimenta e foi apontado como um dos mais promissores CEO/empreendedores das companhias inovadoras.
E não estamos falando em uma nova geração, pois gola rolê preta, jeans surrado e tênis é o uniforme de um dos mais celebrado executivo do mundo, Steve Jobs que já esta bem passadinho para jovem ou alguém de uma nova geração. Sua imagem com este 'uniforme' ganha o mundo a cada apresentação de um novo produto numa sofisticada operação de RP que orquestra uma imagem que nada tem haver com formalidade ou não. Ou mesmo rigor (que você fala)... já que a imprensa já mostrou diversas vezes o tênis claro frequentemente sujo/surrado de Steve Jobs.
Você se coloca muito bem, parabéns!
Mas era bacana você transitar pelo novo comportamento e novas aceitações também. Para não se repetir muito e até mesmo ficar num discurso aquartelado em um tipo de empresa e um tipo de valor que rigor e formalidade são as tônicas.
Seria simples colocar a culpa no bom gosto - mas é muito mais complexo e desafiante desvendar as novas conexões de comportamento e das tendências.
um abraço
Alê
Oi Alê!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário, bastante procedente.
Concordo com você quando cita algumas personalidades do mundo dos negócios sabidamente respeitadas e no entanto "mal" vestidas.
O que prego,porém, é uma vivencia pela moda mais usual nesta esfera, pela vestimenta mais ceita como sendo a de profissionais que queiram passar uma imagem de competência, para depois então podermos avaliar com mais propriedade se vamos ou não seguí-la , como fazem estas pessoas que você citou.
Um Steve Jobs pode vestir o que quiser a esta altura de sua vida e após as suas grandes conquistas, mas uma pessoa que inicia sua carreira, certamente se dará melhor se optar pelo mais tradicional em termos de traje para trabalho.
Grande abraço e volte sempre por aqui!
Ligia
Lígia os dois comentários foram validos, para podermos notar que as pessoas, ainda nao conseguiram entender nada, sobre bom- tom!
ResponderExcluirA Denise Avancini, esqueceu que a escola e os meios de comunicação, também têm a função de ensinar a pensar criticamente, além dos pais!
Como justamente você disse: ...e se os pais nao derem a orientação certa?! Porque também não tiveram esta orientação, elas acabam ficando ao léu! E no final o resultado é este: adultos sem bom senso! Inconvenientes!
Quando o Alê citou o exemplo da 'office' do Google em New York e o de Stevs Jobs, é verdade, que eles se vestem informalmente, porque é essa a imagem que a empresa quer passar! Uma empresa jovem, muito pratica e feita por pessoas super-jovens! Isso significa bom-tom! Vestir-se e se comportar de acordo, com o local! Seria sem noção eles se vestirem de terno e gravata, formalmente!
Porém duvido, que alguém que trabalhe nessas duas empresas se apresente de short, biquíni e sem blusa!
Seria impensável, vestir-se de sandália havaiana e páreo no escritório de advocacia, situado no centro de uma cidade urbana, quem iria confiar em um advogado vestido desse jeito?!
Imagina, trabalhar em uma galeria de arte vestida de forma banal, sem ter um look original ou minimalista elegante!
Tudo depende da imagem que queremos passar da nossa pessoa, da empresa ou da sociedade, que vivemos!
Bom senso é saber se vestir e se comportar de acordo, com a sociedade e local em que vivemos!!!!!
Ou então vivam Sem Noção, mesmo!!!